Programa econômico para emagrecer

Historicamente se associou a obesidade com um problema exclusivamente médico e nunca se abordou ela a partir de uma perspectiva social. Maria Luz Loureiro, investigadora principal do projeto, diz que os hábitos que incentivam a obesidade se herdam e isso se deve a circunstâncias econômicas.

O projeto dos investigadores propõe mecanismos de regulação que se podem aplicar para diminuir o consumo de calorias e aumentar a atividade física que as pessoas realizam.

Por exemplo, nos países nórdicos se proibiu a propaganda de alimentos com alto conteúdo de gordura e açúcares, próprios da dieta infantil, na franja horária destinada à crianças e adolescentes.

A aplicação de um imposto alto ao chocolate e o açúcar é outra das medidas econômicas possíveis a adotar, como ocorreu com o tabaco, decisão destinada a desestimular o consumo.

A ideia do grupo da Universidade de Santiago é tentar utilizar outras variáveis que afetem o desenvolvimento do sobrepeso e da obesidade, como o salário, a renda familiar, os preços. Por exemplo, se opta por alimentos hipercalóricos processados porque são mais baratos e se podem cozinhar com menos elaboração.

Portanto, o controle do sobrepeso e a obesidade pode ser também uma questão econômica e regulada por esses fatores, de maneira a complementar as variáveis médicas com base na promoção da saúde.